28 maio, 2011

Biscoito piraquê

Essa semana aconteceu uma coisa muito louca comigo. Estava com uma amiga no supermercado a quase trez anos que eu não ia a um supermercado grande aonde tem de tudo. porque eu estava na região agreste e la não tinha e derrepente vi um pacote de biscoitos de chocolate da (piraque) A trêz anos no nordeste eu nunca mais tinha visto esse biscoito,e era o meu preferido. naquele momento eu fiz uma viagem ao passado era como se eu estivesse me transportado, fiquei  ali parada por um cinco minutos com aquele biscoito nas mãos e me lembrei de tanta coisa, da minha infância, da minha família,da minha cidade. Naquele momento eu senti muita saudade.Não sei se a minha saudade tem sabor de biscoito de chocolate piraquê. eu acho  que sim. O que eu sei é que ela tem forma. Tem gosto. Tem cheiro. E peso também. E, acreditem, ela tem asas!!! Se não, como nos transportaria tantas vezes a lugares tão distantes? E sei ainda que ela se agiganta quando mais tentamos diminuí-la. Sei que ela dói de dor intensa e sem remédio.
Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência do tamanho
da importância das pessoas pra gente. Porque quando amamos alguém, a saudade já chega por antecipação, sorrateira, disfarçada de algo que não conseguimos decifrar. É aquela dor fininha de não sei o quê, a angústia boba que nos invade só de imaginar a distância da familia e dos amigos. E a gente fica meio sem saber o que fazer. como eu fiquei naquele momento vendo meu biscoito preferido e não pude comprar estava sem o dinheiro.e até hoje estou na vontade,pois voltei para o interior da cidade e não mais vi o meu biscoito piraquê.

Mas a saudade é assim... é uma dor que gostamos de sentir, é um delicioso biscoito de chocolate  piraquê que queremos provar, é algo que não sabemos explicar, mas é quase palpável. É amor disfarçado de muita coisa. São emoções guardadas bem lá no fundo.
Saudade... do que foi e do que vai ser. Saudade que nos acompanha pra diminuir a solidão e que nos mostra, sobretudo, que estamos vivos.
Aprendi ainda que saudade não mata. É só quase. A gente pensa que vai morrer, mas sobrevive sempre, porque ela traz escondidinha nela uma outra coisa que chamamos de esperança, que nos ajuda a caminhar, porque saudade, como o amor, não é cega, saudade vê mais além.

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